A tabelinha é um método contraceptivo natural baseado no ciclo menstrual, mas será que ela é confiável se você não quer engravidar? O método da tabelinha consiste em saber exatamente qual o período fértil e evitar ter relações sexuais desprotegidas nesses dias, pois as chances de engravidar são altas. Com o tempo, a tabelinha foi perdendo espaço para outras formas de prevenção a gravidez mais eficazes, como a pílula anticoncepcional, porém ela continua sendo a escolha de algumas mulheres. Mas será que ela é confiável?
Tabelinha não é muito confiável e só é indicado para mulheres com ciclo menstrual regular
A tabelinha é um método que busca determinar quando acontece o período fértil da mulher. Para isso, ela precisa ficar bem atenta ao o seu ciclo menstrual pelo período de pelo menos 6 meses. Isso ajuda a ter uma noção de quando acontece a sua ovulação e os dias em que tem mais chances de engravidar. Com essas informações, ela sabe os dias em que não pode ter relações sexuais pois as chances de engravidar são muito altas. O problema, é que a tabelinha é um método válido somente para quem tem um ciclo regular e mesmo nesses casos, é possível que aconteça alguma desregulação pontual. Por esse motivo, segundo a Dra Juliana Vargas, a tabelinha não é muito confiável. “A tabelinha é um método contraceptivo com uma eficácia baixa, podendo falhar em torno de 20 a 30% dos caso”. Para a ginecologista, mulheres com ciclo irregular são as que correm mais riscos de engravidar, já que a sua janela de fertilidade não segue uma lógica certeira: “No ciclo irregular não há como precisar a duração do ciclo menstrual, aumentando a chance de falha”.
Além das DST’s, a tabelinha não é indicada para adolescentes que acabaram de menstruar, pois o organismo demora em torno de dois anos para regularizar o ciclo menstrual.
Tabelinha é um método feito com a observação do ciclo menstrual
A ginecologista afirma que, antes de recorrer à tabelinha, é importante que a mulher conheça bem o seu ciclo menstrual e fique atenta a sua duração. Por isso, é importante fazer um acompanhamento dos ciclos anteriores. “O primeiro dia do ciclo será o primeiro dia da menstruação e o último será um dia antes da próxima menstruação”. Depois, é só começar a contar os dias para saber a data exata da ovulação e do período fértil. Em uma mulher com um ciclo de 28 dias, por exemplo, o cálculo é feito somando 14 dias depois da chegada da menstruação, pois a ovulação acontece na metade do ciclo. Já o período fértil engloba os cinco dias antes e cinco dias depois da liberação do óvulo. É importante prestar atenção nisso, pois mesmo que um óvulo tenha um tempo de vida em torno de 12 a 36 horas, um espermatozóide consegue ficar até cinco dias vivo dentro do corpo da mulher. Sendo assim, é sempre bom estender a janela de fertilidade evitando ter relações sexuais nesses dias.
Mesmo com as incertezas, a tabelinha também pode ter algumas vantagens. Uma delas é que o método é totalmente hormonal e não tem nenhum efeito colateral. Além disso, ele também ajuda a mulher a ter mais conhecimento do seu corpo e do funcionamento do seu ciclo.
Tabelinha não previne DST por isso é importante usar camisinha sempre
Mesmo que você tenha êxito com o método da tabelinha, o uso do preservativo deve ser sempre um hábito. Gravidez não é o único risco de uma relação sexual desprotegida, mas doenças sexualmente transmissíveis também podem ser transmitidas por sexo sem segurança. Aliás, o uso do preservativo ajuda a aumentar aumentar a eficácia da tabelinha.
Por isso, não deixe de consultar o seu ginecologista para manter a saúde íntima em dia e descobrir qual é a melhor opção de método contraceptivo para você.
Fonte: Só Delas
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